Fragmentos do meu tempo

Um página apenas para frases, textos, desabafos, mágoas, dúvidas ou simples palavras...♠

terça-feira, 12 de junho de 2012

12 de julho, pois é

Eu não quero tapar buracos, não quero ajudar alguém a juntar cacos. Eu acredito que mereço alguém inteiro, que me queira inteira também. Ando cansada de gritar aos sete ventos que o amor não é importante. Porra, ele é importante. Eu não cresci em um quarto rosa, não brinquei muito de bonecas, mas também ouvi as histórias de príncipes encantados, seus cavalos brancos e seus beijos que salvam. Quando cresci, aprendi como todas as outras garotas que eles não são assim, que perfeição não existe e que temos que nos conformar. Mas mesmo assim, deve existir alguém, não é? Que aceite, compartilhe, brigue, salve. Que ame, porque afinal o amor existe. Todas essas pessoas não podem estar fingindo. Essa falta não pode ser normal.
Afinal, eu sei que no fundo, por mais que falem e se orgulhem de suas solterisses, no fim, todo mundo quer alguém. Nem que seja só pra abraçar no frio, pra contar os problemas do dia, compartilhar as alegrias da vida.

Eu já senti a mesma dor, E amaldiçoei o meu amor. Quando eu fiquei sem nada, Foi quando eu percebi. Que eu preciso, você também, todo mundo precisa de alguém ♪
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domingo, 29 de abril de 2012

Change

Mudar, mutável, mutante. Adaptável ao novo, ao limpo, à dor. Tão belo o encanto quebrado, em mil pedaços brilhantes, reluzem mil corres, arco-íris coloridos em preto-e-branco. São nossos esses caminhos de terra batida, de andarilhos disformes, com plantas negras, vermelhas e cinzas. É pequeno esse mundo fugaz, que nos mostra a verdade em cada esquina, que nos obriga a viver, a pensar a ser mais a cada dia.
Esses dias nublados, um cheiro de inverno chegando, essa vida  sem graça, de quem vive esperando a chance de morrer. ACORDA. O mundo lá fora não é tão sem graça assim, baby, o mundo lá fora é blue. O som que toca no rádio é bom, escuta.  Faz um esforço pra gostar, pra querer, pra dançar. Todo mundo tem a chance de ser feliz.
A felicidade não é um conceito tão abstrato assim menina, olha pro céu, ás estrelas lá em cima são felizes. Olha o casal envelhecendo juntos no parque, aquilo é felicidade. Não é o amor, o dinheiro ou o sucesso que vai te fazer se sentir bem. É o estar vivo, o respirar e não importar mais nada.
Agradeça a cada dia, pra Deus, Buda, Oxum, agradeça por poder sorrir. Levante todo dia e sorria, sem motivo, sem porquê. Você está salvo, você pode se sentir bem se tentar. Tente. A vida é longa, ela dura apenas um segundo, entende?
 Não fuja, não corra, enfrente cada obstáculo, com um sorriso, um abraço. Não seja fraca, não se permita ser frágil. Não permita que tirem nada de você. Mantenha a cabeça erguida, a alma pura e tudo blue.

Pricila L. Ramos
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I do not know

Faltavam três minutos pra às quatro da manhã, era tudo tão claro dentro daquela sala. A multidão cantava alucinada uma música que eu não conhecia, e nem eles sabiam a letra. Era uma multidão de sons sem nexo, uma voz só que não dizia nada. A vodka tinha deixado meus pensamentos lentos, desconexos, eu sequer me lembrava de como tinha ido parar ali.
Fui até o banheiro, só para ver se encontrava alguém conhecido. Olhei-me no espelho, não sei da onde veio aquele chapéu, e aquele casaco também não era meu. A fumaça embaçava meus olhos, o tempo parecia corre devagar acho que fiquei por horas me olhando, não parecia eu, uma estranha me admirava do outro lado daquele espelho.
Um puxão no meu braço, me deixei levar sem resistência, o palco já estava vazio, alguns casais permaneciam na sala, trocando telefones, marcando encontros. Despedidas alcóolicas, juram de amor quase eterno. Eu não conseguia compreender qual o sentido daquilo tudo.
Sai para o ar frio de abril, a lua iluminava as ruas sem movimento. Alguém em carregava pela mão, os passos tão vacilantes quanto os meus, percebi que estava descalça, eu pisava em pedras pontiagudas, aquilo devia me machucar, mas eu sentia apenas uma dormência onde elas cortavam.
Andamos pelo asfalto, de mãos dadas, eu não consigo me lembrar de como ele era, só sei que tinha mãos grandes, que seguravam a minha com força, como se tivesse medo de me perder. Em algum momento deitamos na grama, ao lado da estrada, olhamos o céu ficar claro, o sol raiar, até a luz ser  forte demais, cegar nossos sentido.
Um carro derrapou, uma porta de abriu e eu ouvi risos, eles conversaram algo, então o menino de mãos grande  e seguras me perguntou se eu queria carona. Eu gritei que não precisava, ia ficar mais um pouco ali. Ele me deu um beijo na testa e se foi.
Sinceramente não sei quem ele era, nem como eu voltei pra casa. Na verdade, não me lembro sequer de ter saído da minha cama. A única lembrança concreta da noite é esse chapéu na guarda da minha cama, meus pés cortados e um perfume agridoce em meu cabelo.

Pricila L. Ramos
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Lonelines

Eu não quero um amor, eu não quero virar essas menininhas frágeis que suspiram de segundo em segundo. Eu não me entrego, ou até me entrego, mas não me lembro no dia seguinte.
Eu não sou a mulher certa. Não sei me maquiar, sempre caio de salto alto, sento de perna aberta,  bebo mais que marmanjo barbado, falo palavrão pra caralho, não sinto ciúmes, odeio que paguem minha cerveja, minha unha tá sempre rebocada, minha roupa um pouco amassada e se duvidar nem penteei o cabelo hoje.
Não sou menina, amadureci a tão depressa que tanta coisa ficou pra trás: a fragilidade, a inocência, a fé no amor. Ah, o amor,  tão bela flor, tão mortal. Esses meninos que me olham com dó, com ardor. Não vou pra festinha pensando em quer vai ser a vítima. Eu não tenho vítimas, nem sequer desejo-as. Às vezes um desavisado resolve se aventurar, eu faço juras de amor eterno, olho pra ele como se fosse meu príncipe, mas no fim da noite, vou embora sozinha, peço mais um copo de cerveja, tiro o sapato e vou. Nada pra mim dura mais que um momento. Aquele segundo tão eterno que num piscar de olhos se vai.
Eu sou água corrente, não há barragem intransponível pra mim, porque estou nessa estrada a tanto tempo que caminhante nenhum me alcança. Essa frieza já é tão parte de mim, que nem percebo a diferença da vida antes ou depois.
Minhas histórias nunca foram trágicas, meus amores nunca impossíveis, nenhuma daquelas musicas melosas foi minha trilha sonora, não sei se fiquei assim por vontade ou nasci assim por sina.
Orgulho-me de ser forte, nunca fui de desabafar, eu encontro em mim mesma uma conselheira, me digo palavras duras e doces. Meus diálogos internos são longos e esclarecedores. Não preciso contar pra ninguém o que só eu vivi, como me senti o que o isso causou.
Tem dias que eu acredito que nasci com algo faltando, um eterno vazio sentimental, e esse é o motivo desse desinteresse todo por essas coisas bonitas que toda mulher quer.  Ou, simplesmente, eu nasci com a outra metade que todos procuram, nasci inteira, e não preciso de nada para me completar.

Pricila L. Ramos
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Underground

Aonde você vai Alice? Por que corre tanto, se já sabe o fim dessa história? Você já tropeçou milhões de vezes nessas mesmas raízes envelhecidas, já caiu nesse buraco e já tomou milhões de poções. Já cresceu e foi diminuída tantas vezes, não entendo porque ainda quer viver isso mais uma vez. Aonde você deixou seus sonhos? Você já procurou aqui e não os achou, tente mudar a direção.
Eu aprendi que não vale a pena  se machucar tantas vezes assim. Isso já passou de lição, isso tudo está virando um autoflagelo, tudo isso é duro demais para você Alice. Era pra ser o país das maravilhas, você não deveria chorar tanto. Deixa-me te explicar uma coisa: aquele gato te enganou. Esse vestido não é seu, sua vida não é assim.
Ei Alice, está na hora de voltar à vida. Acordar desse pesadelo e voltar a correr. Você é forte, só lhe falta começar novamente. Vamos lá, sorria uma vez mais, fica mais fácil depois que você começar.  Me de a mãe, eu te acompanho até onde eu puder, mas há horas na vida que nós temos que seguir sozinhos, o caminho é estreito demais. Essa sua mania de se esconder já não está dando resultado, a dor não vai passar se você passar o resto da vida ai. Ei alice, não vai adiantar, estou lhe dizendo.
Eu já tentei me enterra ai também, e olhe para mim, não deu certo. Acredite em mim, a vida fica melhor se você puder sentir a chuva na pele. Me diga, você não precisa de ajuda? Eu lhe ajudo, venha comigo. O céu aqui é azul, eu lhe mostro, basta aquele primeiro passo que venho lhe falando a tanto tempo. Venha, a vida se encarregará de lhe dar o que lhe é de direito. Toda a parcela de felicidade que lhe está reservada vai chegar, você vai ver.

Pricila L. Ramos
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domingo, 6 de março de 2011

No air

Eu desenhei um mundo ao teu lado quando você pegou a minha mão. Eu quis que desse certo, que dessa vez desse certo, mesmo você sendo o oposto do que eu gosto, do que me satisfaz. Eu te quis pra mim por uma noite inteira, e te disse não quando você perguntou se a gente podia ir a outro lugar. Você nem percebe que me tem na mão, e agora eu perdi a chance de te conquistar.
Mais uma vez eu fiz dar errado. Sou cheia de espinhos,  não preciso de inimigos, eu mesma acabo com todas as minhas possibilidades de dar certo. Me odeio tanto por isso, mas já faz parte do que sou. Isso tudo é resultado de um coração partido várias vezes, um coração que já não se permite aventuras por solos desconhecidos. Um coração cansado de amar errado, que só quer saber de paz, de solidão. E dói, sempre dói.

Pricila Langner Ramos
06/03/2011
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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Be happy

Flores nascem todos os dias nas esquinas, e quando volto para casa de manhã, depois de uma noitada, parece que elas se inclinam para me cumprimentar, meio que me saldando por chegar em casa viva. Bebada, mas viva. Elas pedem para que eu fique bem, que eu tenha força, que eu sobreviva mais uns dias.
Certa vez, numa dessas voltas tortas que vida deu, eu encontrei uma velhinha sentada entre as flores, e ela me disse para não ter medo, que a estrada é turbulenta, que muitas tempestade virão, que eu vou chegar no fundo do poço, vou tentar suicídio, vou fracassar diversas vezes, vou confiar nas pessoas erradas, vou chorar por dias, mas que no fim tudo da certo. Ela disse que não posso desistir, que tenho que continuar de peito aberto, não posso mudar, não posso alterar o que está escrito, posso apenas enfeitar as páginas com canetas coloridas.
Ela me sorriu de um jeito tão doce que fiquei tentada a abraça-la, mas antes de qualquer movimento ela se desfez em milhões de borboletas coloridas, e eu fiquei pensando se aquilo  foi um sonho ou uma alucinação, mas até hoje ainda sinto o perfume de canela e hortelã que ela exalava.
Eu aprendi ai a acreditar. Eu ergui a cabeça pra vida, bati no peito e sorri sinceramente. Abri meu guarda-chuva amarelo neon e dancei cantando ' I’m singin’ in the rain ', colhi flores e deitei no asfalto. Senti a chuva bater, deixei ela lavar a alma, das decepções, das imperfeições, das mágoas, de toda dor. Fiquei novinha em folha depois daquela chuva, me senti mais forte. Olhei pro céu e vi sua estrela, sorri para você e segui em frente.
Pra sempre. Em frente. Frente ao espelho da vida, que te mostra o que você dá de si. O universo também é redondo baby, um dia tudo que você se doou vai voltar para você, da maneira mais linda que existe. Então apenas sorria e espere, o que é pra ser vai ser. Pinte as bordas das suas páginas e espere, você vai ser feliz, nós seremos felizes. Nós merecemos, e todos tem o que merecem, de todos os modos possíveis.
Sente a brisa.Ouviu o barulho de mar quando o vento passa por essas ruelas sujas? Isso é só pra te lembrar  que qualquer dia o sol nasce e a gente ganha o jogo. Vai ser GAME OVER BE HAPPY.

Pra você Kenny.


Pricila Langner Ramos
21/02/2011
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domingo, 5 de dezembro de 2010

A prova de balas

Depois de tudo que aconteceu, e de todas as expectativas que tenho pro futuro, hoje resolvi vestir a armadura. Entrei na guerra, vou pagar pra ver. Blindei o coração, daqui ninguém mais sai, e ninguém entra. Ninguém mais machuca, nem por dentro, nem por fora. Pintei um sorriso bem bonito no rosto, pus cílio postiços e passei um esmalte rosa pitanga nas unhas. Fui no armário e escolhi o salto mais alto. Chega de sair de casa de tênis por medo de não achar homem do meu tamanho. Eles que me achem, eu aprendi a me divertir sem.
Hoje resolvi me lançar do penhasco, com venda nos olhos. Vou às cegas, tateando no escuro algo que me divirta. Tomei a consciência que um dia a vida acaba e ai você não vai mais poder fazer tudo isso. E pode ser até que ela demore a findar, mas logo logo será tarde demais para aproveitar essa fase, por que tudo aqui terá passado, os amigos não terão tanto tempo, o dinheiro terá outras prioridades, eu não vou mais aguentar oito horas em cima de um salto agulha. A juventude passa, e eu já tenho dezessete.
Agora vou pro barzinho, compro uma cerveja, divido com a amiga e a gente fica observando as pessoas, jogando conversas fora, lembrando de velhos amores para dar risada, não mais pra chorar. E por mais que as vezes eu em sinta só, eu prefiro que as coisas continuem assim, sem correntes, sem barreiras. Free.
E esse sentimento que toma conta da gente fim do ano, pra mim tem um gosto novo, mais intenso, menos amargo, mais a-c-i-d-a-m-e-n-t-e doce. Ano que vem tudo muda, mesmo, de verdade, não vai ser a cidade, as pessoas nem nada disso. Vai ser eu.
Na hora dos fogos, na ultima noite do ano, eu não vou fazer simpatias, e pela primeira vez em muitos anos, não vou pedir amor, nem se quer vou pedir alguma coisa. Vou olhar pro céu, e recitar o Caio ' Que seja doce... let it be' e eu sei que é o bastante.
Vou fazer uma nova tatuagem, diagramas chineses que representam paz, saúde e felicidade. Alguém precisa de mais? Eu não. E com tudo isso, estou prometendo pra mim mesma que vou deixar as velhas mágoas pra trás. Ninguém mais será alvo do meu ódio, ou do meu desprezo, ou de vinganças infundadas. Não guardo mais rancor. Continuo não impondo minha presença a quem não a quer, mas não vou mais provocar a ira alheia também. Estou zen , mesmo.
E não entenda isso como uma mudança, você bem sabe que eu não acredito em mudanças . Eu apenas vou fazer as coisas do jeito certo pra mim daqui pra frente. Vou me divertir, aproveitar, sorrir mais, deixar ser.
Deixar ser pra sempre.

Pricila Langner Ramos
05/12/2010
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domingo, 28 de novembro de 2010

A bela e o burro

Ontem depois que você foi embora confesso que fiquei triste como sempre.

Mas, pela primeira vez, triste por você. Fico me perguntando que outra mulher ouviria os maiores absurdos como eu, e, ainda assim, não deixaria de olhar pra você e ver um homem maravilhoso.
Que outra mulher te veria além da sua casca? Você não entende que está perdendo o paladar para o que a vida tem de verdadeiro e bom. É tanta comida estragada, plastificada e sem sal, que você está perdendo o paladar para mulheres como eu. E você não sabe como vale a pena gostar de alguém e acordar ao lado dessa pessoa, ouvindo ela respirar quietinha enquanto dorme, linda. E quando você dorme quietinho assim, eu sei que, apesar de eu não abalar sua vida em nada, você precisa de mim.
Você não sabe como isso é infinitamente melhor do que acordar com essa ressaca de coisas erradas e vazias. Ou sozinho e desesperado pra que algum amigo reafirme que o seu dia valerá a pena. Ou com alguma garotinha boba que vai namorar sua casca. A casca que você também odeia e usa justamente para testar as pessoas "quem gostar de mim não serve pra mim".
E eu tenho vontade de segurar seu rosto e ordenar que você seja esperto e jamais me perca e seja feliz. E entenda que temos tudo o que duas pessoas precisam para ser feliz. A gente dá muitas risadas juntos. A gente admira o outro desde o dedinho do pé até onde cada um chegou sozinho. A gente acha que o mundo está maluco e sonha com sonos jamais despertados antes do meio-dia. A gente tem certeza de que nenhum perfume do mundo é melhor do que a nuca do outro no final do dia. A gente se reconheceu de longa data quando se viu pela primeira vez na vida.
E você me olha com essa carinha banal de "me espera só mais um pouquinho". Querendo me congelar enquanto você confere pela centésima vez se não tem mesmo nenhuma mulher melhor do que eu. E sempre volta. Volta porque pode até ter uma coxa mais dura. Pode até ter uma conta bancária mais recheada. Pode até ter alguma descolada que te deixe instigado. Mas não tem nenhuma melhor do que eu. Não tem.
Porque, quando você está com medo da vida, é na minha mania de rir de tudo que você encontra forças. E, quando você está rindo de tudo, é na minha neurose que encontra um pouco de chão. E, quando precisa se sentir especial e amado, é pra mim que você liga. E, quando está longe de casa gosta de ouvir minha voz pra se sentir perto de você. E, quando pensa em alguém em algum momento de solidão, seja para chorar ou para ter algum pensamento mais safado, é em mim que você pensa. Eu sei de tudo. E eu passei os últimos anos escrevendo sobre como você era especial e como eu te amava e isso e aquilo. Mas chega disso.
Caiu finalmente a minha ficha do quanto você é, tão e somente, um cara burro. E do quanto você jamais vai encontrar uma mulher que nem eu nesses lugares deprê em que procura. E do quanto a sua felicidade sem mim deve ser pouca pra você viver reafirmando o quanto é feliz sem mim e principalmente viver reafirmando isso pra mim. Sabe o quê? Eu vou para a cama todo dia com 5 livros e uma saudade imensa de você. Ao invés de estar por aí caçando qualquer mala na rua pra te esquecer ou para me esquecer. Porque eu me banco sozinha e eu me banco com um coração. E não me sinto fraca ou boba ou perdendo meu tempo por causa disso. E eu malho todo dia igual a essas suas amiguinhas de quem você tanto gosta, mas tenho algo que certamente você não encontra nelas: assunto.
Bastante assunto. Eu não faço desfile de moda todos os segundos do meu dia porque me acho bonita sem precisar de chapinha, salto alto e peito de pomba.
Eu tenho pena das mulheres que correm o tempo todo atrás de se tornarem a melhor fruta de uma feira. Pra depois serem apalpadas e terem seus bagaços cuspidos.
Também sou convidada para essas festinhas com gente "wanna be" que você adora. Mas eu já sou alguém e não preciso mais querer ser. E eu, finalmente, deixei de ter pena de mim por estar sem você e passei a ter pena de você por estar sem mim. Coitado.

Tati Bernardi
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Sem você

Eu queria te ver só mais uma vez, então te deixaria partir. Queria poder te abraçar por um instante, ser dona do seu sorriso uma vez mais, então você poderia ir sem medo, e a parte de mim que ainda te ama iria também,  por onde você fosse, mas não mais ligada a mim.
Eu iria voltar a viver sem tuas lembranças a me atormentar. Meu destino é longe daqui e eu seguiria para onde pudesse. As músicas não doeriam mais, sonhar com você não seria mais constante. Eu não teria que virar o rosto quando visse uma cena de amor, não procuraria em outros o que só você tem.
Mas não sei se a felicidade viria com isso, não sei se sem amor é sinônimo de sem dor. tenho medo do que minha vida seria sem esse sofrimento. A que eu me agarraria nas noites de tormenta.
É difícil dizer o que poderia ser, o que eu faria sem tudo isso aqui. Pois sinto que toda essa dor é o que ainda me faz levantar todos os dias pela manhã.
E a cicatriz já nem arde mais, embora continue imensa. As vezes, antes de dormir ou enquanto ando pelas avenidas eu mexo nela com o dedo só para ver se continua ali. Continua e dói, e não arde, e me faz lembrar você.

06-11-10

Pricila Langner Ramos
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Chuva

Hoje vai chover, o dia nasceu tão bonito e de repente tudo mudou. Vai chover. E é assim sempre, quando você menos espera, o tempo vira, e começa a chover. O problema é que você não sai de casa sempre com um guarda-chuva então você tem que aprender a se molhar. Existem algumas coisas na vida que você precisa saber, uma delas com certeza é que é preciso se molhar. Você não pode passar todos os dias de chuva em casa, até porque os bares normalmente tem um teto, e na casa dos amigos você encontra tolhas pra se secar. Além do mais, vai dizer que você não gosta do cheiro de terra molhada, e dos pingos de chuva que escorrem pelo seu rosto? Sempre que possível, sai de casa sem um guarda-chuva, é incrível como quando você molha até os ossos, quando se seca, se sente uma pessoa nova.


may continue...


Pricila L. Ramos
15-11-10
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sábado, 18 de setembro de 2010

Anyone but you

Eu procurei em outras bocas o beijo ruim que só você tem, eu fingi que ele era o que eu esperava, sendo que é você, sempre vai ser você. Quando nossa musica toca eu ainda sinto teu abraço apertado, ainda ouço você me chamando de amor. Eu vejo teu sorriso em milhares de rostos, eu espero teu perfume como quem necessita de ar.
Você não vem, nunca mais vira, eu sei. I know! Sei que seu amor nunca foi meu e que tudo era mentira, mas não me apaixonei por seu caráter, eu amei os seus defeitos, o jeito como tentava me fazer sentir unica e por suas promessas falsas. Eu te amei sabendo que você não era digno de amor, eu te amei por te amar, porque naquele momento sua imperfeição era o que eu precisava, o que me completava.
Mas e agora? E esse vazio que você deixou depois de dois anos de espera? Você sempre soube de tudo isso que eu escrevo aqui e mesmo assim deixou que eu me envolvesse, que eu te quisesse. E todas as vezes que disse que viria me ver, e todo os lugares que dizia que iria, eu esperei, eu fui e você nunca estava lá. Então um dia você cumpriu a promessa e foi, mas levou uma garota com você. Minha primeira reação foi raiva, ódio. Sai, beijei milhares em busca do teu gosto. Depois chorei, chorei por você e por mim. No outro dia, veio você me chamando de amor, dizendo que eu estava linda  e eu em odeie por te amar tanto.
Prometi pra mim mesma te esquecer, apaguei nossa foto, as mensagem, deixei de te procurar. Encontrei outros garotos, finjo que gosto deles como gostei de você, mas no fundo eu sei que se você me telefonar, ou apenas pensar em mim eu volto correndo, eu sou tua, sempre fui. Desde aquele janeiro quente que você em prometeu amor eterno sem nem ao menos pegar minha mão. Eu volto, eu vou, basta um pedido, um sorriso.
Meu amor, me escreva uma carta, desenhe corações, me minta só mais uma vez, preciso tanto do teu falso apego nessa hora. Tenho sentido uma carência enorme por tuas mentiras, uma vontade louca dos teus abraços, uma solidão imensa do seu coração vazio.


Pricila Langner Ramos
18/09/2010
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sábado, 28 de agosto de 2010

Fim do (a)gosto

Todo agosto tem cheiro de derrota, um amargo de desanimo, e quando vai assim, chegando ao fim, dói mais ainda. Parece que as festas não são boas o suficiente e que os antigos fantasmas insistem em retornar. O inverno que acaba, faz guardar, juntos com os cobertores todas as angustias, trás aquele prazer involuntário da primavera, ficamos felizes só de imaginar o perfume da flor, o sol queimando a pele, mas enquanto o agosto não termina, tudo parece chegar à nós através de uma cortina de desapego.
Os antigos amores sempre voltam em agosto, os antigos desejos ardem sempre mais forte e nada supera o passado, que nesses dias vira um presente arrebatador. As vezes bate a vontade de se trancar e acordar só quando o feriado nacional passar, só quando a margarida nascer, quando a primeira pitanga cair.
O coração bate apressado, parece que não vai resistir até setembro, mas é assim todo ano, todo agosto tem um gosto amargo, que arde na boca, no peito, na alma.
Dói esperar que tudo passe, me ferem esses dias nublados. Por favor não volte agora, pois sei que seria só porque você também se sente assim em agosto. Também te machuca esse vento com cheiro de orvalho e sal. E sei também que isso tudo passa depois da quarta-feira, então você vai voltar ao normal. Voltaremos. Ai virá o arrependimento e o aperto no peito. Eu deixarei um gosto ruim em sua boa e você vai deixar seu perfume no meu casaco preferido. Não poderei lava-lo e não suportarei usa-lo. Será mais uma coisa que deixarei por sua culpa.
Um cara como você deveria usar um aviso: 'É perigoso, não se aproxime' por que você é demais pra mim, e pra qualquer uma que se atreva a te ter como eu te tive. Em agosto então, você deveria se trancar em casa, não deixar os outros à mercê de seus encantos, seus feitiços, seus olhos que me fascinaram.
Me sinto pequena a seu lado e você nem sabe que me faz sentir assim. Já te disse adeus mil vezes, já cantei canções para que você voltasse, te abracei como você gostava, e você permaneceu frio, mau tocou meus lábios e se foi e seu sei, você só volta daqui um ano, quando o próximo agosto te fizer lembrar de mim.

Pricila Langner Ramos
28/08/2010
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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

About

Você tem que aprender a erguer a cabeça, a acreditar de novo, a secar lagrimas, e sorrir de verdade. E você precisa sentir o vento no rosto, e conseguir correr livre. Não se deixe prender, não siga todas as regras. Arrisque. Seja o que você sonhou quando criança, não mate seus sonhos, não livre-se dos pesadelos. Tudo acontece porque você pode superar, tudo te torna mais forte.
Acredite na vidasiga em frentee deixe as decepções no fundo no baú.

Pricila L. Ramos

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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Noite fria

Estou aqui sentada novamente, escrevendo sobre uma vida vazia, tentado sorrir com coisas banais, tentando em vão encontrar alguém para amar.Eu sei que devia sair por ai, conhecer novas pessoas, e todo aquele papo de gente positiva, mas não dá. Me falta ânimo.
O doutor disse que eu não tenho cura. Não há cirurgia pra desapego, ou remédio para solidão. Ele disse que nem se quer posso ser diagnosticada como depressiva.
Procurei nos livros palavras para me preencherem, busquei um anuncio nos classificados, algo que oferecesse companhia, abraço apertado, um sorriso, um casaco de pele falsa. Não encontrei.
É ano de vestibular, tentei me afundar nos livros, mas não posso passar minha horas tentando desvendar o que os logaritmos tem à ver comigo.Ou qual a frase substantiva objetiva direta eu vou dizer quando encontrar o próximo buraco.
No trabalho, tem tudo correndo bem, daquele jeito, vou fazendo tudo mecanicamente, devagar, sorrindo que é preciso, matando o tempo quando é preciso. Mas as vezes até ali dá vontade de jogar tudo para o alto, gritar correr, chorar, falar a verdade.
Tenho sentido muito medo, medo até de acordar pela manha e perceber que o tempo ainda não passou. Eu costumo ficar olhando para o relógio, por horas e horas, só pra ver que um minuto já passou, um a menos, graças a Deus.
As pessoas que me veem não percebem nada disso, meu sorriso mais bonito está sempre pintado no rosto, a maquiagem está sempre em dia, o cabelo cuidadosamente fora do lugar. Tudo cuidadosamente pensado para parecer uma vida perfeita. Tudo uma delicada mentira, um ponta bonita de um iceberg gelado e deformado.
Não sei escrever sobre a beleza da vida, talvez até um dia tenha escrevido, ou um dia aprenda a escrever, mas não hoje. Hoje tudo me dói, e dói tanto que não me permite raciocinar, ou pensar sobre outra coisa.
Esse espaço frio é minha válvula de escape. Escrevo, escrevo, disserto, narro, explico, discuto, falo sobre tudo que sinto. Ninguém precisa ler, ouvir ou aceitar nada disso, mas por pra fora é tão necessário.
Não sei como se termina um texto que fala sobre tristeza, parece que sempre falta algo para ser escrito e ao mesmo tempo dá vontade de apagar tudo e volta a fingir felicidade como antes.
O dia que eu souber, termino esse texto...


Pricila Langner Ramos
13/08/2010
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domingo, 18 de julho de 2010

Sala verde

De longe eu observava, como sempre fiz.
Eu sempre via gente sorrindo, mas nenhum tinha brilho no olhar. Eu toquei em roupas de marca, vestidos de princesa, mas nenhum jeans dizia quem eles eram de verdade.
Todas aquelas pessoas dançavam alucinadamente, com bebidas nas mãos e cigarros nos lábios, sem saber que era tão pura a chuva lá fora.
E era pura a chuva, e o vento era gélido e tinha gosto de coisas boas.
E o sorriso lá fora, era verdadeiro, e o brilho iluminava a cidade azul. As pessoas que andavam lá fora vestiam tecidos leves, feitos de suspiros, e tomavam um liquido transparente que desafogava a alma.
E todos era simples, e tranqüilos, e felizes, e amavam. E o amor não machucava, não feria, não fazia sangrar.
Os beijos eram molhados, e aqueciam o espírito, e davam um colorido novo a vida.
E a vida era bela, e sempre foi e se Deus permitir, ela será pra sempre. Sempre há problemas, sempre tem gente  que te empurra pra baixo, mas a vida supera, o tempo supera, a gente supera.

Pricila Langner Ramos
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domingo, 11 de julho de 2010

Aos meu amigos


Não tem como não amá-los, como não pensar na saudade que vai ser sentida, não pensar no vazio que vai ficar.
Não existe palavra para descrever-los, para ao menos tentar dizer o que move toda essa alegria. Eu agora olho para trás e parece tão pouco o tempo que passei ao lado de vocês.
Todas as risadas, os namoros, as brincadeiras fora de hora, o telefone que tocou no meio da prova, a malícia vista numa simples formula de química, o sorriso mais alegre da noite, a risada mais espontânea. As colas coletivas, os trabalhos no 'grande grupo' , os temas não feitos, as discussões. Tudo isso agora tem um gosto de nostalgia.
As vezes eu sento ali na minha classe, e olho para cada um de vocês, rosto por rosto, e me vem uma emoção tão grande de pensar que foi e é com vocês que eu vivo o melhor ano da minha vida.
Nunca tive uma amizade forte com todos vocês, mas levo um pedacinho de cada um comigo. A determinação de uns, a teimosia de outros. A raça, a alegria, a espontaneidade, a sinceridade, a jeito meigo, o amor, o jeito de sorrir, o jeito de calar, o jeito de argumentar. Aprendi tanto com vocês que acredito que sou uma pessoa muito melhor depois que os conheci.
Nesse ano começamos tão unidos, o sentimento 'terceirão' se apossou de nós de uma maneira tão alucinante. Podemos não ser todos melhores amigos, nos defendemos de uma maneira inacreditável. Não é possível nos ofender ou nos depreciar na frente de qualquer um de nós, já saltamos ferozmente bradando que somos melhores, temos nossos defeitos, há sempre exceções, mas estudamos, corremos atrás, fazemos valer nosso status de formando.
Eu sinceramente não tenho vontade de matar aula, estar com vocês me alegra a noite, me faz feliz demais para querer outra coisa.
Sinto que vou chorar tanto quando terei que me despedir de vocês. E meu abraço será tão forte em cada um, e a saudade vai ser tão grande. Mas tenho a certeza que tudo isso só será assim por que nossos momentos foram realmente bons.

O que vai ficar na fotografia são os laços invisíveis que havia. As cores, figuras, motivos, o sol passando sobre os amigos. Histórias, bebidas, sorrisos e afeto em frente ao mar.♪♪

Pra vocês, 302, por todos os momentos de alegrias juntos.

Pricila Langner Ramos
 10/07/10
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sábado, 19 de junho de 2010

Pra sempre

- 'Eu só queria entender. Entender por que o teu sorriso não me faz mais feliz, por que choro toda vez que penso em nós, o maldito por que de tudo que aconteceu. E principalmente o por que da pessoa que eu mais confiei na vida, ter feito a mesma coisa das pessoas que eu mais odiei na mesma maldita vida.
Meu erro foi e sempre vai ser só esperar entender, esperar a explicação, esperar e esperar, sempre por algo que já não faz mais sentido pra ninguém, só pra mim.' - foi o que mandei.
- O que voce entendeu disso tudo? - ele perguntou.
- Até hoje não entendi. - respondi.
- Eu acho que você ta correndo atrás - de novo.
- Acho que até to, mas simplesmente por isso, eu preciso entender. Eu preciso saber por que minha melhor amiga me mentiu, me escondeu coisas, por que ela mudou de uma hora pra outra. Eu preciso saber se ela já foi aquilo que eu achei que ela era, se ela não foi uma mentira sempre. - admiti, com lágrimas nos olhos.
- Ela já disse: ela amadureceu.O  que é muito pouco relevante pra mim. - respondeu calmamente.
- Amadurecer machuca os outros tanto assim?
- Eu acho que os fins não justificam os meios...
- Eu acho que nada foi de verdade, e isso dói tanto.
- Ué,como ela disse, às vezes é preciso se conformar e isso é bom pra voce, principalmente, pra você!
- Pra mim nunca é bom se conformar mas vou fazer isso, só dessa vez.


Conversa verídica, com um amigo verídico, sobre sentimentos verídicos e doloridos, que ferem de verdade e deixam cicatrizes pra sempre. Alias, esse é o único pra sempre em que acredito: as cicatrizes ficam pra sempre.


Pricila Langner Ramos
19/06/10
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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Passa


A medida que os dias passam, as feridas param de sangrar e cicatrizam. O gosto doce da saudade deixa de ser enjoativo e se torna familiar. As lágrimas secam e a alma impulsiona a seguir em frente. 
Mais um dia. Talvez amanheça chovendo, mas tudo bem, a agua será pura e vai lim
 
par o espírito e levar embora o que não faz bem.
Que o dia nasça, mais uma vez, e que a partir de amanhã o sorriso seja sincero de novo.


Pricila Langner Ramos
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sábado, 29 de maio de 2010

Trecho de textos

Eu quero alguém que tenha coragem. E saiba amar coisas simples e mulheres loucas. Quero alguém que acredite em realidade. Que esteja farto de sonhos perfeitos e Romeu e Julieta. Quero alguém que entenda o que é TPM. Que me faça rir. E que minta pouco. Quero alguém que goste de ler. Que me dê presentes fora de época. E que goste de rap.
Quero um amor que me compre biscoitos divertidos, cremes da Lancome e duas alianças. Que tenha uma casa. Com guarda-roupa. TV grande. Banheira de pé. Jardim com laguinho. Gato. Cachorro. E uma cama de casal. ENORME.

(se for cheiroso e beijar gostoso, esqueça tudo)
ps: e se for você, eu me contento com um banho de mangueira (no lugar da banheira) e creme de aveia Davene." 


Fernanda Mello
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